Mundo desigual

Mas que beleza

seria gritar teu nome

soar como imensa fineza

e acabar com a fome

mas que grande beleza

seria gritar teu nome

acabar com a tristeza

e com o que o consome

Apenas gritar por terras

e a paz ressurgir

acabar com as guerras

e levar o mal longe daqui

Mas que enorme alvoroço

acabar com o rico e o poder

fazer o pobre ter almoço

sem ninguém padecer

fazer com que seja capaz

viver em harmonia

e largar dinheiro pra trás

e só viver com sabedoria

Minha virtude eu deixo

em meu legado não esqueço

ei de morrer e não me queixo

em ser um vulgar sem endereço

mas rezo fortemente

pra aqueles gigantes

me verem humildemente

e aceitarem que são errantes

como essas tais escritas

nessa paranoia delirante

meros mortais parasitas

nesse mundo alucinante

Mas que grande beleza

seria gritar teu nome

gritar paz amor à realeza

e acabar com esse renome

Minha arma

Tenho em uma mão uma arma

e na outra também

nessa ninguém se alarma

e na outra nada além

minha arma nem eu vejo

minha arma podes sentir

não tem nada a ver com desejo

só a vontade de te fazer sorrir

poderia te dizer as cores

poderia te contar o que faz

mas a uso pra te matar de amores

e no final tudo nos satisfaz

Canto de morte

Cálice cortante

vermelho e amargo

paranóia aliviante

ou fico ou largo

Chão de rubi

e tu nem mais suspiras

teu sangue fundi

em suaves mentiras

uma faca e uma pedra

ataquei-te em prazer

sentimento tudo quebra

e no final é só refazer

marca

É que meu bem, nessas cicatrizes estão meus erros, talvez nem eu possa entender o quão marcada elas estão, quem sabe elas não somem um dia? mas não vou passar nada pra disfarça-las, elas me fizeram. Entenda que essa crosta é momentânea e vai quebrar, pra assim eu poder, vulnerável, ter mais um monte dessas tais marcas

dez pra uma

Mas nessas manhãs cinzas também há beleza

e nesse tempo frio há quem corra,

essas águas e tempos gélidos não podem ofuscar te,

E no final é só historia pra contar,

ou pra se guardar.

Meu ódio consumado

ta consumado

Minha carta

Hoje eu escrevi uma carta,

falei das cores

e das flores

falei do que mata

falei da beleza daqui

e do meu céu cor de anil

contei da minha blusa caqui

e desse grande e único vazio

Socorro!

http://www.youtube.com/watch?v=Y13RYQfIiWg&feature=related

Socorro!
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada...

Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir...

Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...

Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate
Nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva

...

"Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Pra você não deixar
De duvidar...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero..."

ela disse Adeus